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TINDER E O METAVERSO – A INTERAÇÃO DE MILHÕES (E O QUE PODEMOS APRENDER COM ISSO)

Viralizou, recentemente, a notícia de que a empresa MATCH GROUP – dona do maior portfólio de aplicativos de namoro on-line do mundo, incluindo o TINDER – está rompendo aos poucos a interação com o METAVERSO, além de descartar, também, os seus projetos de oferecimento da criptomoeda TINDER COINS.

Depois de investir uma considerável fortuna na compra da empresa Hyperconnect, especializada em vídeo, inteligência artificial e realidade aumentada, o MATCH GROUP acabou experimentando uma perda operacional de US$ 10 milhões (R$ 52,8 milhões) no segundo trimestre de 2022. O mau resultado, além de custar o cargo à ex-CEO Renate Nyborg, parece ter adiado indefinidamente o Tinderverse.

A ideia principal da interação com o METAVERSO, viabilizada através de Inteligência Artificial, era basicamente a construção de um avatar 3D para interação dentro de espaços virtuais do aplicativo do TINDER.

Se você, leitor deste blog, ainda não sabe o que é METAVERSO, continue a leitura desse artigo que vou explicar de forma simplificada para que você entenda.

A palavra METAVERSO, ao que consta na literatura, foi utilizada pela primeira vez em 1992, pelo escritor NEAL STEPHENSON, em seu romance “Snow Crash”. Naquela obra, o termo METAVERSO foi utilizado pelo autor para identificar um universo digital em que as pessoas podiam utilizar um avatar como “fuga da realidade”.

Em grande parte das vezes, a interpretação autoriza comparar o termo “METAVERSO” com o que se tem hoje por “CIBERESPAÇO”, sem grandes perdas de significado. Isso porque o primeiro não se refere a nenhum tipo específico de tecnologia, mas sim a uma grande mudança na forma de interação com a tecnologia.

Em outras palavras, o METAVERSO é uma realidade digital que combina aspectos de mídia social, jogos on-line, realidade aumentada (AR), realidade virtual (VR) e criptomoedas para permitir que os usuários interajam virtualmente. A realidade aumentada sobrepõe elementos visuais, sons e outras entradas sensoriais em configurações do mundo real para aprimorar a experiencia do usuário. Em contraste, a realidade virtual é totalmente virtual e aumenta as realidades ficcionais.

O METAVERSO, nesse sentido, funcionará como uma combinação híbrida das experiências sociais on-line atuais, às vezes expandindo em três dimensões (3D) ou até mesmo se projetando no mundo físico. No METAVERSO, será possível ao usuário compartilhar experiências imersivas com outras pessoas mesmo quando não for possível estar juntos no mundo físico.

Tal como a aposta – recém adiada – do TINDER, a ideia do METAVERSO é criar, conforme vá se desenvolvendo, uma rede de espaços on-line onde as interações dos usuários sejam multidimensionais, mais até do que a capacidade atual da tecnologia. Ao invés de apenas visualizar o conteúdo digital, a ideia é que os usuários sejam capazes de mergulhar em um espaço onde os mundos digital e virtual sejam convergentes.

As criptomoedas – neste caso as chamadas TINDER COINS, que também foram uma aposta, até o momento postergada, pelo MATCH GROUP – são moedas criadas de forma descentralizada eletronicamente, por intermédio de um sistema ponto-a-ponto, e rastreadas por criptografia.

Simplificando: genericamente, uma criptomoeda é um tipo de dinheiro – como outras moedas com as quais convivemos cotidianamente – com a diferença de ser totalmente digital. Além disso, ela não emitida por nenhum governo (como é o caso do real ou do dólar, por exemplo). Por analogia, e pela lição de FERNANDO ULRICH [no livro “BITCOIN”], a mesma coisa que o e-mail faz com a informação, a criptomoeda fará com o dinheiro.

As criptomoedas podem ser usadas com as mesmas finalidades do dinheiro físico em si. As três principais funções são servir como meio de troca, facilitando as transações comerciais; reserva de valor, para a preservação do poder de compra no futuro; e ainda como unidade de conta, quando os produtos são precificados e o cálculo econômico é realizado em função dela. 

Ok, Jéssica, mas por que isso importa?

Por mais que os aplicativos em geral tenham sofrido um grande aumento devido ao isolamento virtual e necessidade dos usuários de trocarem experiências virtuais, é importante lembrar que o pico dos aplicativos de relacionamento – a exemplo do que ocorreu com o TINDER – se deu devido a uma pandemia e que esses ganhos possivelmente não representem uma recorrência. 

Portanto, antes de inovar ou causar uma disrupção tecnológica no seu negócio, é muito importante reavaliar seus ganhos, entender se eles estão em ritmo constante e calcular o quanto a novidade pode, de fato, contribuir. 

O metaverso já representa o futuro para você?

Bibliografia – Direito Digital e LGPD na Prática (Alan Moreira Lopes, 2ª edição, 2022, Editora Rumo Jurídico)
Bitcoin – A moeda na era digital (FERNANDO ULRICH, versão digital, e-book Kindle, 2017)
Artigo “What is the Metaverse, exactly?”, disponível em <https://www.wired.com/story/what-is-the-metaverse/

Vem com a @pinc_


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