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Quiet Quitting: relações no trabalho e saúde mental

Você provavelmente já foi ao supermercado ou açougue e ao pedir 1kg de carne, o açougueiro acabou colocando 1.200kg, uma quantidade acima do desejado. Longe de ser uma crítica a profissão, no entanto, esta analogia pode ser usada para entendermos um novo fenômeno que vem se instalando no universo corporativo. Ao contrário do açougueiro, o movimento incentiva os trabalhadores a executarem o mínimo das suas obrigações contratuais a fim de priorizar o bem-estar e a saúde mental, como uma contracultura da alta performance.

O fenômeno quiet quitting, como é chamado, surgiu recentemente após a insatisfação com os modelos tradicionais de trabalhos e a pandemia da COVID-19, quando fomos obrigados a olhar para as relações de trabalho e principalmente para a nossa saúde mental. Os quiet quitting produzem, entregam e se dedicam apenas no que está dentro dos seus limites, contrariando altas jornadas de trabalho ou ainda que o trabalho seja o “único” contexto que importa na vida do indivíduo, o que resulta na maioria das vezes transtornos mentais decorrentes do universo laboral. 

Na tradução literal, o termo “quiet quitting” significa “demitir-se silenciosamente” ou “demissão discreta”. O nome escolhido para o fenômeno abre caminho para algumas reflexões com relação ao tema e a pergunta norteadora é: colocar limites no ambiente corporativo poderia estar atrelado a um processo de demissão? De forma alguma o questionamento é uma crítica a expressão e sabe-se que não necessariamente o indivíduo pedirá a demissão, mas pode ser considerado um alerta para o que deveria ser o funcionamento saudável na relação sujeito e ambiente de trabalho: a delimitação do espaço pessoal e profissional. 

A relação de troca, colaborador e empresa, deveria naturalmente ser pautada nas relações de segurança e reciprocidade, na qual fosse possível a existência de uma atmosfera confortável para dizer não e ter o período de descanso respeitado, por exemplo, além de outras inúmeras situações que ocorrem no dia a dia do mundo corporativo. Passar a maior parte do tempo em sofrimento, seja porque é muito difícil dizer “não” para demandas em excesso ou porque o ambiente constantemente extrapola as cobranças, não deveria fazer parte do âmbito profissional do ser humano, considerando como única alternativa de solução possível a demissão.

Como muito bem dito nos dias de hoje, “está tudo bem” em pedir demissão, caso você não esteja contente com o seu emprego atual. A problematização é: não deixe que a falta de limites seja o motivador de saída de um trabalho que pode ser satisfatório para você.


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