Isso mesmo, estamos falando da velha e conhecida procrastinação. Quem nunca deixou para última hora o trabalho que foi passado com antecedência e só foi finalizado minutos antes de terminar o prazo? Pois precisava ler ou assistir os últimos lançamentos. Quem nunca deixou de enviar um e-mail para o gestor porquê lembrou que precisa tomar o cafezinho com o pessoal lá na cozinha, ou ver a promoção da loja favorita no site? Quem nunca deixou de terminar aquele projeto para apresentar na sexta, porém lembrou que é necessário organizar os arquivos e aquelas gavetas que estão bagunçadas há 1 ano? Quem nunca?
Tudo isso tem a ver com os julgamentos que fazemos acerca de determinadas coisas que precisamos executar. A tendência é que, quando nos deparamos com algo que julgamos difícil, que não conseguiremos fazer ou exigirá um investimento maior, tendemos a procrastinar, e qualquer coisa trivial parece surgir com um senso de emergência e necessidade que “precisa” ser feita naquele momento.
Esses julgamentos desencadeiam pensamentos negativos em relação às capacidades ou atitudes que deveriam ou devem acontecer, por exemplo: Se não estou trabalhando naquele projeto em que o tempo está se esgotando, é comum pensamentos do tipo “eu deveria ter começado no dia em que me foi passado, agora a sua qualidade não será tão boa, ficarei mal visto na empresa e etc.”. Esse tipo de pensamento causa um certo desconforto e para aliviar tais sensações a busca por alívio se dá o mais rápido possível, resultando assim na procrastinação.
Para exemplificar, vamos usar uma analogia da briga entre o EU presente e EU futuro. O “EU presente” significa aqueles prazeres a curto prazo, como: comer, dormir, redes sociais, tv, etc. Controlados pelo sistema límbico, essas atividades proporcionam o prazer momentâneo, deixando de lado aquelas que demandam um esforço maior. O “EU futuro” é aquela parte do cérebro chamada de córtex frontal, que atenta para o prazo que está vencendo, o dinheiro que está gastando e não poderia, as notas baixas que está tirando etc.
Pessoas que costumam procrastinar, se rendem com facilidade aos prazeres momentâneos, deixando as tarefas que exigem um esforço maior em segundo plano. Os prazeres momentâneos são importantes, porém, em alguns momentos, para alcançarmos alguns objetivos, precisamos abdicar de tais prazeres em busca de algo ainda maior.
Então se você pensa em começar a dieta, exercício físico, cursos, projetos, ou qualquer outra atividade, não espere a segunda-feira, depois do carnaval, ou outro motivo que justifique a sua procrastinação. Comece agora! Mesmo que em pequenas partes mas comece o mais próximo possível, assim, logo vai sentir a sensação agradável de autorealização, que será o combustível para a sua continuidade. Veja algumas dicas para ajudar nesse processo:
Planeje seu dias, tarefas e lazeres;
Defina seu objetivos a longo prazo;
Escreva! Somente em escrever uma tarefa, aumenta em 40% a chance de executá-la;
Comece de algum lugar;
Construa hábitos.
